terça-feira, 23 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
DIA DO MÚSICO -22/11 (SANTA CECÍLIA)
No dia 22 de novembro, nós do Maranatha promovemos um evento onde os músicos católicos e convidados, da cidade de Jequié, puderam se encontrar e compartilhar dos seus dons numa linda noite comemorativa pelo dia de Santa Cecília (nossa padroeira) e dia do Músico. Alguns Ministérios se apresentaram: Maranatha, UAC, Aliança, Arco-íris, Nova Geração e Sinais, fora outros ministérios e músicos que se fizeram presentes para prestigiar. Foram belíssimas apresentações, em que pudemos ver como temos talentos na nossa igreja que não podem ser desperdiçados. Houve também duas apresentações instrumentais com músicos da nossa cidade que se colocaram humildemente à disposição e deram um show com seus instrumentos: Gil Machado (bateria) e Gilney Parson (guitarra). Eventos como este devem sempre existir, para dar lugar e sentido ao serviço dos ministérios e bandas que, por amor (já que não temos fins lucrativos) colocam seus dons à disposição da igreja numa dura caminhada de dedicação, perseguições e, muitas vezes, falta de incentivo.
Por hora, nós, membros do Maranatha, gostaríamos de agradecer a todos que abrilhantaram esse evento com sua música , ou simplesmente, com sua presença. Esperamos que no próximo ano seja ainda melhor!
Paz e bem! (Giseli)
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Carta aos artistas
O artista, imagem de Deus Criador
1. Ninguém melhor do que vós, artistas, construtores geniais de beleza, pode intuir algo daquele pathos com que Deus, na aurora da criação, contemplou a obra das suas mãos. Infinitas vezes se espelhou um relance daquele sentimento no olhar com que vós — como, aliás, os artistas de todos os tempos —, maravilhados com o arcano poder dos sons e das palavras, das cores e das formas, vos pusestes a admirar a obra nascida do vosso génio artístico, quase sentindo o eco daquele mistério da criação a que Deus, único criador de todas as coisas, de algum modo vos quis associar.
Pareceu-me, por isso, que não havia palavras mais apropriadas do que as do livro do Génesis para começar esta minha Carta para vós, a quem me sinto ligado por experiências dos meus tempos passados e que marcaram indelevelmente a minha vida. Ao escrever-vos, desejo dar continuidade àquele fecundo diálogo da Igreja com os artistas que, em dois mil anos de história, nunca se interrompeu e se prevê ainda rico de futuro no limiar do terceiro milénio.
Na realidade, não se trata de um diálogo ditado apenas por circunstâncias históricas ou motivos utilitários, mas radicado na própria essência tanto da experiência religiosa como da criação artística. A página inicial da Bíblia apresenta-nos Deus quase como o modelo exemplar de toda a pessoa que produz uma obra: no artífice, reflecte-se a sua imagem de Criador. Esta relação é claramente evidenciada na língua polaca, com a semelhança lexical das palavras stwórca (criador) e twórca (artífice).
Qual é a diferença entre « criador » e « artífice »? Quem cria dá o próprio ser, tira algo do nada — ex nihilo sui et subiecti, como se costuma dizer em latim — e isto, em sentido estrito, é um modo de proceder exclusivo do Omnipotente. O artífice, ao contrário, utiliza algo já existente, a que dá forma e significado. Este modo de agir é peculiar do homem enquanto imagem de Deus. Com efeito, depois de ter afirmado que Deus criou o homem e a mulher « à sua imagem » (cf. Gn 1,27), a Bíblia acrescenta que Ele confiou-lhes a tarefa de dominarem a terra (cf. Gn 1,28). Foi no último dia da criação (cf. Gn 1,28-31). Nos dias anteriores, como que marcando o ritmo da evolução cósmica, Javé tinha criado o universo. No final, criou o homem, o fruto mais nobre do seu projecto, a quem submeteu o mundo visível como um campo imenso onde exprimir a sua capacidade inventiva.
Por conseguinte, Deus chamou o homem à existência, dando-lhe a tarefa de ser artífice. Na « criação artística », mais do que em qualquer outra actividade, o homem revela-se como « imagem de Deus », e realiza aquela tarefa, em primeiro lugar plasmando a « matéria » estupenda da sua humanidade e depois exercendo um domínio criativo sobre o universo que o circunda. Com amorosa condescendência, o Artista divino transmite uma centelha da sua sabedoria transcendente ao artista humano, chamando-o a partilhar do seu poder criador. Obviamente é uma participação, que deixa intacta a infinita distância entre o Criador e a criatura, como sublinhava o Cardeal Nicolau Cusano: « A arte criativa, que a alma tem a sorte de albergar, não se identifica com aquela arte por essência que é própria de Deus, mas constitui apenas comunicação e participação dela ».(1)
Por isso, quanto mais consciente está o artista do « dom » que possui, tanto mais se sente impelido a olhar para si mesmo e para a criação inteira com olhos capazes de contemplar e agradecer, elevando a Deus o seu hino de louvor. Só assim é que ele pode compreender-se profundamente a si mesmo e à sua vocação e missão.
1. Ninguém melhor do que vós, artistas, construtores geniais de beleza, pode intuir algo daquele pathos com que Deus, na aurora da criação, contemplou a obra das suas mãos. Infinitas vezes se espelhou um relance daquele sentimento no olhar com que vós — como, aliás, os artistas de todos os tempos —, maravilhados com o arcano poder dos sons e das palavras, das cores e das formas, vos pusestes a admirar a obra nascida do vosso génio artístico, quase sentindo o eco daquele mistério da criação a que Deus, único criador de todas as coisas, de algum modo vos quis associar.
Pareceu-me, por isso, que não havia palavras mais apropriadas do que as do livro do Génesis para começar esta minha Carta para vós, a quem me sinto ligado por experiências dos meus tempos passados e que marcaram indelevelmente a minha vida. Ao escrever-vos, desejo dar continuidade àquele fecundo diálogo da Igreja com os artistas que, em dois mil anos de história, nunca se interrompeu e se prevê ainda rico de futuro no limiar do terceiro milénio.
Na realidade, não se trata de um diálogo ditado apenas por circunstâncias históricas ou motivos utilitários, mas radicado na própria essência tanto da experiência religiosa como da criação artística. A página inicial da Bíblia apresenta-nos Deus quase como o modelo exemplar de toda a pessoa que produz uma obra: no artífice, reflecte-se a sua imagem de Criador. Esta relação é claramente evidenciada na língua polaca, com a semelhança lexical das palavras stwórca (criador) e twórca (artífice).
Qual é a diferença entre « criador » e « artífice »? Quem cria dá o próprio ser, tira algo do nada — ex nihilo sui et subiecti, como se costuma dizer em latim — e isto, em sentido estrito, é um modo de proceder exclusivo do Omnipotente. O artífice, ao contrário, utiliza algo já existente, a que dá forma e significado. Este modo de agir é peculiar do homem enquanto imagem de Deus. Com efeito, depois de ter afirmado que Deus criou o homem e a mulher « à sua imagem » (cf. Gn 1,27), a Bíblia acrescenta que Ele confiou-lhes a tarefa de dominarem a terra (cf. Gn 1,28). Foi no último dia da criação (cf. Gn 1,28-31). Nos dias anteriores, como que marcando o ritmo da evolução cósmica, Javé tinha criado o universo. No final, criou o homem, o fruto mais nobre do seu projecto, a quem submeteu o mundo visível como um campo imenso onde exprimir a sua capacidade inventiva.
Por conseguinte, Deus chamou o homem à existência, dando-lhe a tarefa de ser artífice. Na « criação artística », mais do que em qualquer outra actividade, o homem revela-se como « imagem de Deus », e realiza aquela tarefa, em primeiro lugar plasmando a « matéria » estupenda da sua humanidade e depois exercendo um domínio criativo sobre o universo que o circunda. Com amorosa condescendência, o Artista divino transmite uma centelha da sua sabedoria transcendente ao artista humano, chamando-o a partilhar do seu poder criador. Obviamente é uma participação, que deixa intacta a infinita distância entre o Criador e a criatura, como sublinhava o Cardeal Nicolau Cusano: « A arte criativa, que a alma tem a sorte de albergar, não se identifica com aquela arte por essência que é própria de Deus, mas constitui apenas comunicação e participação dela ».(1)
Por isso, quanto mais consciente está o artista do « dom » que possui, tanto mais se sente impelido a olhar para si mesmo e para a criação inteira com olhos capazes de contemplar e agradecer, elevando a Deus o seu hino de louvor. Só assim é que ele pode compreender-se profundamente a si mesmo e à sua vocação e missão.
Papa João Paulo II
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Cinco pães e dois pexinhos...?
Ontem, na missa, quando foi refletido o evangelho de Mateus que narra o milagre da multiplicação dos pães fui tocada por um detalhe da história que nunca tinha me passado pela cabeça. Antes do grande acontecimento da multiplicação, narra Mateus, que Jesus havia se retirado para o deserto. Normalmente Jesus fazia isso quando sentia necessidade de estar a sós com seu Pai, e, nesse caso, Ele provavelmente estava triste, pois acabava de saber que João Batista, aquele que o batizara, havia sido degolado.
Mas, o fato é que, ao chegar ao lugar deserto, já estava à espera de Jesus uma grande multidão que foi andando ao seu encontro e Ele, tomado de compaixão, atendeu a todos os doentes e famintos que ali estavam.
Essa palavra, que eu já havia lido e ouvido muitas vezes, de repente caiu em meu coração como algo totalmente novo: tantas vezes também nós procuramos ficar a sós, viver as nossas dores, dar a elas devida atenção e somos surpreendidos com o chamado de Deus...temos que, em meio ás nossas angustias, cantar e falar do amor de Deus às pessoas, solicitar do Espírito Santo a unção, em fim, somos surpreendidos como foi Jesus naquele dia.
Penso hoje que ser ministro é isso. Se compadecer como fez Jesus e perceber no olhar sem esperança do outro a necessidade de conhecer o que já nos foi dado a conhecer, de sentir o que já nos foi permitido sentir, mesmo que estejam frente a frente duas almas carentes de atenção: o servo e o servido (os ministros e a assembléia)...é o ministro que possui o chamado, é ao servo que os dons são doados, para que com esses mesmos dons almas sejam tocadas.
Talvez o que nós temos hoje para dar sejam apenas “cinco pães” e o serviço nos parece dispensar muito mais...ou “dois peixinhos”, o que nos parece insuficiente. Mas se é isso que temos para doar, doemos! Pois quem faz a obra crescer é Deus. Quem multiplica os dons é Ele. Nós precisamos apenas nos compadecer, nos admitir como servos, instrumentos. E garanto: é melhor pensarmos que o que temos é pouco demais, mas darmos o que possuímos, do que acharmos que temos o bastante e nada doarmos.
Mas, o fato é que, ao chegar ao lugar deserto, já estava à espera de Jesus uma grande multidão que foi andando ao seu encontro e Ele, tomado de compaixão, atendeu a todos os doentes e famintos que ali estavam.
Essa palavra, que eu já havia lido e ouvido muitas vezes, de repente caiu em meu coração como algo totalmente novo: tantas vezes também nós procuramos ficar a sós, viver as nossas dores, dar a elas devida atenção e somos surpreendidos com o chamado de Deus...temos que, em meio ás nossas angustias, cantar e falar do amor de Deus às pessoas, solicitar do Espírito Santo a unção, em fim, somos surpreendidos como foi Jesus naquele dia.
Penso hoje que ser ministro é isso. Se compadecer como fez Jesus e perceber no olhar sem esperança do outro a necessidade de conhecer o que já nos foi dado a conhecer, de sentir o que já nos foi permitido sentir, mesmo que estejam frente a frente duas almas carentes de atenção: o servo e o servido (os ministros e a assembléia)...é o ministro que possui o chamado, é ao servo que os dons são doados, para que com esses mesmos dons almas sejam tocadas.
Talvez o que nós temos hoje para dar sejam apenas “cinco pães” e o serviço nos parece dispensar muito mais...ou “dois peixinhos”, o que nos parece insuficiente. Mas se é isso que temos para doar, doemos! Pois quem faz a obra crescer é Deus. Quem multiplica os dons é Ele. Nós precisamos apenas nos compadecer, nos admitir como servos, instrumentos. E garanto: é melhor pensarmos que o que temos é pouco demais, mas darmos o que possuímos, do que acharmos que temos o bastante e nada doarmos.
Fiquem com Deus... (Giseli)
quarta-feira, 30 de abril de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
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